Projetos de Extensão

Por uma ecologia multilíngue nas escolas

Descrição
O projeto “Por uma Ecologia Multilíngue nas Escolas” é uma iniciativa inovadora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), desenvolvida pelo Grupo de Estudos em Linguagem e Transculturalidade (GELT/CNPq), em parceria com a Associação de Imigrantes Dourados e Região Dunamis Multicultural e a Escola Municipal Clarice Bastos Rosa.

Com o crescente número de estudantes imigrantes no Brasil, a necessidade de apoio linguístico e inclusão dessas crianças no ambiente escolar torna-se cada vez mais urgente. Esse projeto busca criar espaços educacionais mais inclusivos, valorizando os repertórios linguísticos dos estudantes e promovendo um ambiente de aprendizagem acolhedor e multicultural.

Objetivos
– Apoiar estudantes bilíngues e multilíngues na sua adaptação ao sistema educacional brasileiro.
– Sensibilizar professores para o uso de práticas pedagógicas mais inclusivas.
– Valorizar e integrar as línguas de origem dos estudantes imigrantes na rotina escolar.
– Desenvolver ações interdisciplinares para melhorar os resultados educacionais de crianças e jovens multilíngues.
– Ampliar a pesquisa e a formação continuada de docentes na área de Educação e Multilinguismo.

Metodologia

O projeto atua em diferentes frentes para fortalecer a inclusão dos alunos multilíngues:
Formação Docente: Oficinas e encontros com professores para debater estratégias didáticas que respeitem e incorporem as línguas de origem dos alunos.
Acompanhamento dos Estudantes e Famílias: Apoio linguístico e educacional para facilitar a integração das famílias imigrantes na comunidade escolar.
Ações Interdisciplinares: Desenvolvimento de materiais pedagógicos e estratégias inovadoras para tornar o ensino mais acessível e dinâmico.
Expansão e Implementação: O projeto teve impacto significativo na escola piloto e, recentemente, foi aprovado para ser expandido a todas as escolas da rede municipal de Dourados-MS.

Impacto e Resultados

O projeto já demonstrou resultados significativos na inclusão de alunos imigrantes, suas famílias e professores. A implementação de uma ecologia multilíngue nas escolas favorece a aprendizagem, reduz a evasão escolar e fortalece o vínculo entre os estudantes e o ambiente educacional.

Além disso, os dados gerados pelo projeto estão sendo utilizados para pesquisas acadêmicas e políticas educacionais voltadas ao ensino bilíngue e multilíngue.

O projeto foi indicado e aprovado na Câmara Municipal para ser expandido e implementado em todas as escolas da rede municipal, refletindo seu impacto transformador na educação pública e sua contribuição para a inclusão educacional e social.

Coordenação
Coordenadoras: Professoras Thayse Figueira Guimarães e Edilaine Buin
Assista à reportagem sobre o projeto na TV local: Clique aqui

 

 

Corredor Cultural do Centro-Oeste

O projeto baseia-se na ideia do Corredor Cultural, criado pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Ensino Superior Públicas da Região Centro-Oeste (Forproex). O  Corredor, Cultural, Científico e Tecnológico (CCCT) do MS busca ampliar a oferta da programação das ações de extensão de cultura, ciência e tecnologia do MS, por meio de intercâmbio cultural/científico e tecnológico, intercâmbio artístico e mediações culturais e científicas diversas, descentralizando as atividades das instituições públicas de ensino nas regiões de Mato Grosso do Sul. Objetiva também ampliar a oferta de programação de cultura por meio de intercâmbio artístico, mediação cultural, diversificação e descentralização de atividades nas e das instituições públicas de ensino superior no Estado. Possui, em princípio, 20 eixos de circulação, que envolvem, entre outros, mostras científicas, tecnológicas e culturais; exposições; cursos, programas, workshops e oficinas (que incluem as diversas áreas das ciências, da cultura e da tecnologia); música; artes da cena; artes integradas; arte regional; sustentabilidade; culturas tradicionais; produção cultural e tecnológica; fronteiras e interculturalidades; linguagens diversas e ambiente complexos; desenvolvimento matemático; gestão de processos químicos etc.

Coordenação

Professora Gicelma Chacarosqui Torchi

Saiba mais (página 56)

 

 

Núcleo de Estudos Baía Negra

Projeto de extensão que visa discutir e implementar, de forma participativa, ações sustentáveis, segundo demanda da população da região. Busca-se atender às demandas do desenvolvimento local e regional, que impactam na região pantaneira, a serem implantadas e/ou executadas de forma gradativa, monitoradas e ajustadas conforme as necessidades da dinâmica local das Cidade de Ladário e/ou Corumbá (em especial na área do Assentamento Rural 72 e APA Baía Negra, no município de Ladário-MS e demandas específicas do Município de Corumbá). O projeto está concatenado aos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS 2030) lançados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, o que interconecta as ações às políticas públicas (inclusive as educacionais) para a região e suas localidades. A intenção é também desenvolver, em formato de extensão, projetos (das diversas áreas de estudo e pesquisa da UFGD) que atendam as demandas especificadas para a região pantaneira e suas localidades, impactando o seu desenvolvimento e a qualificação de seus profissionais.

Coordenação

Professora Gicelma Chacarosqui Torchi

 

 

Saúde de ponta

Projeto ligado ao Programa UFGD + Saúde, da Pró-Reitoria de Extensão, e o projeto “NGO’ITUKE NGAHA’A: prevenção das drogas através de ações socioeconômicas, tecnológicas, ambientais, médicas e culturais na Reserva Indígena de Dourados-MS”. Saiba mais (p. 14). Contando com a participação das Ligas da UFGD, o primeiro projeto tem intuito de colocar alunos em campo e oportunizar a estes o contato com a população e suas realidades. O objetivo é fomentar a possibilidade de se criar empatia, senso crítico, ampliação da consciência social e coletiva, além de oferecer atendimento e orientação por meio de estrutura de saúde alternativa. Já o “Programa UFGD + Saúde” busca agregar vários projetos, realizados pelos extensionistas da UFGD, com diversos enfoques voltados à melhoria e qualidade da saúde da população, visando a promoção da saúde, prevenção e controle de enfermidades de impacto à saúde. O segundo projeto se baseia e faz conexão com o “Projeto (PILOTO) CUIDAR” (saiba mais) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Na UFGD recebe tradução para as línguas tradicionais das nações que vivem na Reserva Jaguapiru: Terrena, Guarani e Caiuá. NGO’ITUKE NGAHA’A: Projeto CUIDAR/UFGD, pretende (de forma inicial) trabalhar a Promoção da Saúde, do cuidado e prevenção ao uso de álcool e outras drogas entre Povos e Comunidades Tradicionais de Dourados, por meio de ações Interculturais, tecnológicas, ambientais, médicas e culturais, na Reserva Indígena Jaguapiru/Dourados — MS. Por seu turno, o “Projeto (PILOTO) NGO’ITUKE NGAHA’A — UFGD” pretende fazer prevenção inicial de drogas, de forma interdisciplinar e intercultural e será devolvido de forma participativa, ouvindo e respeitando as culturas e línguas do povo tradicionais que ali vivem e suas necessidades. Apresenta, dessa forma, como escopo principal o desenvolvimento de ações efetivas com a Comunidade indígena, e assim atuará na promoção da Saúde e do bem-estar, do cuidado e prevenção ao uso de álcool e outras drogas. Desta forma, desenvolverá capacitação educacional (inicial) interdisciplinar, dos agentes públicos e das lideranças indígenas locais de forma preventiva, para formação de multiplicadores no conhecimento sobre drogas e seus efeitos. Tem como meta também o início da elaboração conjunta, por meio de oficinas, de cartilhas didáticas e recursos audiovisuais.

Coordenação

Professora Gicelma Chacarosqui Torchi

 

 

Interartes

O projeto é ligado ao Grupo de Pesquisa Interartes e tem com objetivo promover a discussão de artefatos estéticos (livros, filmes, quadros etc.) e suas relações. Por serem civilizadores e terem desenvolvido um apuro formal de grande complexidade técnica, esses objetos só podem ser apreciados criticamente pela prática de uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade. Assim, o projeto InterArtes promove ambientes de discussão técnico-filosóficas acerca das Artes, visando contemplar todas as idades e fazer reverberar as práticas universitárias em todas as esferas sociais, notadamente os formadores de opinião, como psicólogos, administradores, pedagogos, advogados, sociólogos, publicitários. Trata-se de agregar pessoas que desejam continuar mantendo com a Universidade uma conexão que lhes permita dar continuidade ao refinamento do espírito crítico. Como se percebe, a atividade extensiva tem o fito de interagir com ambientes externos à Universidade e contribuir para o leque de sua influência na sociedade, a partir de ações qualificadas. A intenção é, também, contribuir para o desenvolvimento da comunidade, oferecendo minicursos aos participantes, tanto via internet quanto presencialmente. Esse projeto já está em desenvolvimento há alguns anos, mantendo como foco o desenvolvimento de saberes que permitam aos envolvidos operar dentro de contextos complexos, nos quais a formação universitária puramente disciplinar pode produzir reduções na leitura de mundo.

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Coordenação

Professor Paulo Custódio de Oliveira

 

PROLER — Comitê Dourados-MS

Projeto que vem atuando na Formação Continuada de profissionais desde 2008, com ênfase na mediação literária (saiba mais, p. 24). O Comitê é vinculado à UFGD e formado por representantes de instituições de ensino da educação básica e superior, alunos egressos da graduação e da pós-graduação da FALE/UFGD. O Comitê organiza encontros anuais e, conforme a demanda da comunidade, rodas de conversa, cursos, minicursos, palestras etc. O Programa Nacional de Incentivo à Leitura — PROLER — visa contribuir para a ampliação do direito à leitura, promovendo condições de acesso a práticas de leitura e de escrita críticas e criativas. Foi criado pelo Decreto nº 519 de 13 de maio de 1992, e pretende ser uma rede de referência em valorização social da leitura e da escrita, presente em todo país, com qualidade, diversidade e inovação. O PROLER atua por meio de uma rede de Comitês sediados em prefeituras, secretarias de estados e municípios, fundações culturais ou educacionais, universidades e outras entidades públicas e privadas. Essa rede é voltada a estimular iniciativas autônomas em favor da leitura em diversas regiões do país. Tal condição garante que projetos de formação de leitores conveniados ao Programa e instituídos sob a forma de comitês trabalhem sobre suas respectivas realidades regionais para atender às demandas próprias das comunidades onde atuam. No Mato Grosso do Sul estão instalados quatro comitês do PROLER: dois nas Prefeituras de Costa Rica e Paranaíba; um na Fundação Cultural de Mato Grosso do Sul e um na Universidade Federal da Grande Dourados — UFGD, este sob coordenação da FALE/UFGD.

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Coordenação

Professora Célia Regina Delácio Fernandes

 

Programa de Educação Tutorial (PET) em Letras da UFGD

A professora Célia Delácio também é tutora do Programa de Educação Tutorial (PET) em Letras da UFGD desde setembro de 2021. Trata-se de um programa do SESu/MEC que tem como objetivo principal a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. O grupo PET Letras teve início na FALE em 25 de novembro de 2010, abraçando como filosofia a integração do aluno de graduação, com alto desempenho, com a universidade e a comunidade, por meio de ações articuladas no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. O PET Letras pretende apoiar alunos de graduação do curso de Letras da UFGD com potencial e que demonstrem habilidades destacadas para a realização de atividades extracurriculares que lhes proporcionem formação acadêmica de excelência. Dessa forma, as atividades desenvolvidas pelo grupo PET Letras buscam articular os três pilares da universidade e da filosofia do PET, bem como a integração entre a universidade, o grupo e a sociedade. Atualmente, o grupo PET Letras conta com 12 bolsistas e 02 alunos não bolsistas. O grupo tem desenvolvido várias ações de extensão ao longo do quadriênio, com destaque para as que não ocorreram interrupção e vem se mantendo ao longo do ano letivo, tais como “PET-Cine: Linguagem fílmica”, “PET-Clube de Leitura”, “PET-Mídias” e “PET-Roda Literária”. Os projetos, além do histórico, podem ser conferidos no site do programa.

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Tutoria

Professora Célia Regina Delácio Fernandes

 

 

Literatura de autoria de mulheres e estudos de gênero

A professora Alexandra Santos Pinheiro atua no projeto de formação continuada em “Literatura de autoria de mulheres e estudos de gênero”, promovido pelo grupo de pesquisa Crítica Feminista e Autoria Feminina: Memória, Cultura e Identidade. Trata-se de um projeto que existe há 4 anos, promovendo encontros online no intuito de agregar olhares de diferentes partes do Brasil e do mundo. A professora é também vice-coordenadora do projeto de pesquisa e extensão “Coletivos poéticos” (saiba mais), financiado este pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A proposta tem por objetivo principal compreender o modo como o texto literário impacta a sociedade por meio da formação de coletivos poéticos e de suas práticas artísticas como constituidoras de uma política pública. A ênfase é dada, na proposta, à dimensão social, levando em conta a análise dos trânsitos textuais. A principal questão sobre a qual o projeto se debruça é entender como os coletivos impactam as comunidades a eles vinculadas. O impacto na comunidade é aferido, segundo a proposta do projeto, com base nos valores territoriais, constituídos por meio da análise da linguagem literária, de modo a verificar quais deles se encontram em sintonia com as diretrizes do Plano Nacional de Cultura. O plano teórico-metodológico se fundamenta na teoria do circuito dos afetos; da performance, compreendida como uma prática privilegiada nos coletivos estudados; na bibliografia sobre festivais literários e coletivos poéticos. Estudam-se aspectos relacionados à performance e à afetividade na literatura contemporânea, bem como a de comunidades digitais (sobretudo devido ao contexto da pandemia), que são levados em conta na proposta.

Coordenação

Professora Alexandra Santos Pinheiro

 

 

Carolina de Jesus, território de escrevivência

A professora Alexandra integra ainda o projeto de extensão “Carolina de Jesus, território de escrevivência”, financiado pela CAPES/CNPq. O projeto busca levar as obras de Carolina de Jesus para as escolas de Dourados, com vistas a tratar da temática da desigualdade social, racial e de gênero. É um projeto interdisciplinar, coordenado pelo curso de geografia da UFGD. O projeto garantiu uma bolsa a um mestrando do PPG orientado pela professora Alexandra Pinheiro.

Coordenação

Professora Alexandra Santos Pinheiro

 

 

Clube da leitura da UFGD

Nesse projeto são realizados encontros semanais ou mensais, com professores (tanto os provenientes da rede pública quanto da rede privada), estudantes e interessados, com vistas à leitura e discussão de obras literárias, previamente selecionadas e divulgadas pelos coordenadores (saiba mais). Basicamente, o projeto pretende arregimentar, para ações de extensão, leitores experientes de obras brasileiras e internacionais, bem como fomentar os hábitos de leitura literária entre professores e acadêmicos do Curso de Letras. O ponto de partida é uma iniciativa de docentes do curso, em resposta a uma demanda apresentada pelos próprios acadêmicos, e a intenção é incentivar a leitura literária na UFGD e na comunidade douradense em geral. Para tanto, o projeto promove encontros de leitores e também realiza a divulgação de obras e autores, emitindo chamadas de anúncio das obras a serem lidas e discutidas. Tais discussões e a socialização das impressões de leitura acontecem periodicamente, de forma remota ou presencial, contando sempre com convidados, docentes ou não da UFGD, para o enriquecimento do debate.

Saiba mais

Coordenação

Professor Gregório Foganholi

 

 

Ainda o Regionalismo, nosso contemporâneo?

A professora Rosana Cristina Zanelatto Santos coordena o projeto de pesquisa “Ainda o Regionalismo, nosso contemporâneo?” (saiba mais), que conta com financiamento da FUNDECT-MS e do qual participam como colaboradores os professores Leoné Astrid Barzotto e Wagner Corsino Enedino. O projeto visa ao estudo analógico das ressonâncias e das reverberações do paradigma romântico na literatura brasileira contemporânea para com a composição de um quadro do Regionalismo na produção literária em Mato Grosso do Sul, podendo espraiar-se para demais estados da região Centro-Oeste. Tem como objetivo central verificar em que medida os parâmetros de construção de uma identidade nacional no Romantismo do século XIX são vigentes e consoantes à construção de uma identidade regional para a produção literária de e em Mato Grosso do Sul e também nos demais estados da região Centro-Oeste, verificando se a propositura de uma identidade homogênea, que visava a fixar nas mentalidades uma imagem pública de Nação Brasileira, corresponderia, nos dias atuais, ao impulso de forjar uma representação pública do estado de Mato Grosso do Sul, podendo abranger, também, outros estados da região Centro-Oeste.

Coordenação

Professora Rosana Cristina Zanelatto Santos

 

 

Inglês para a Comunidade Douradense

O projeto “Inglês para a Comunidade Douradense” (saiba mais, p. 18) é uma proposta de curso de língua inglesa (geral) para acadêmicos, buscando atender a necessidade de discentes matriculados em cursos de graduação e de pós-graduação da Universidade Federal da Grande Dourados e também da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, tendo em vista que os conhecimentos de língua estrangeira são requisitos da pós-graduação. Essa ação também objetiva atender egressos dessas universidades que retornam para as instituições à procura de aperfeiçoamento. O curso já ocorreu em 2022 como projeto de extensão e se encontra, atualmente, em sua segunda versão, atendendo a solicitações dos cursistas. A proposta pretende abarcar conteúdos do inglês geral para o público adulto, que em outras circunstâncias não teve oportunidade de realizar estudos de língua inglesa e que, no entanto, considera ser o conhecimento dessa língua de grande importância para abrir novas oportunidades de estudos, intercâmbios e de trabalho.

Coordenação

Professora Sílvia Mara de Melo

 

 

Leitura de resenhas críticas de custodiados da Unidade Penal de Rio Brilhante — ERPB

O professor Adair Vieira Gonçalves coordena o projeto intitulado “Leitura de resenhas críticas de custodiados da Unidade Penal de Rio Brilhante — ERPB” (saiba mais, p. 11), cujo objetivo é fazer chegar até os custodiados daquela unidade penal questões de leitura e de escrita para a remissão de dias na Unidade Penitenciária. A proposta se baseia nos pressupostos do interacionismo sociodiscursivo, no que tange a gêneros textuais (no caso, resenhas críticas) e metodologia qualitativa, de natureza documental para a análise dos textos. Trata-se de um projeto de extensão/relação com a sociedade que, no âmbito operacional, pretende promover uma parceria com a Polícia Penal, mais especificamente com o seu Setor de Educação. A ação engloba, assim, Ensino, pesquisa e extensão e se caracteriza por inserir o olhar da instituição penal que receberá a ação, o olhar dos docentes do curso de Letras da UFGD e os discentes do curso. A Unidade Penal de Rio Brilhante (cidade de Mato Grosso do Sul) está circunscrita à AGEPEN (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). Até abril de 2024, constavam nela 282 custodiados, com somente 20 internos cadastrados como leitores livres. Segundo contato com o agente penal responsável, a Unidade Penal tem condições de atender estes 20 internos por mês. O projeto prevê que tal atendimento ocorrerá de modo permanente até maio de 2026, quando a ação será concluída. Cabe destacar que, como parte da proposta, cada custodiado poderá ler até doze obras por ano, sendo estas de caráter literário, científico ou filosófico, de acordo com seu nível de escolaridade. Sabe-se que a Unidade Penal possui um acervo de apenas 200 livros (embora haja o interesse em obter mais exemplares) e não possui uma biblioteca, contando apenas com uma sala de aula capaz de comportar 16 estudantes. A ação visa, portanto, promover a leitura nesses espaços, aproximando Universidade e AGEPEN.

Coordenação

Professor Adair Vieira Gonçalves

 

Práticas de formação cultural: yoga, corpo e voz

A professora Edilaine Buin coordenou o projeto de extensão, de caráter transdisciplinar, intitulado “Práticas de formação cultural: yoga, corpo e voz” (saiba mais, p. 15). Essa ação foi proposta à comunidade acadêmica, com prioridade para estudantes de Letras e de Artes Cênicas e integrantes do Projeto de Ensino Tutorial (PET) do curso de Letras, com o objetivo de propiciar aos participantes vivências corporais que auxiliem no autoconhecimento, bem como no exercício de concentração. Para isso, buscou-se apoio na cultura oriental, com a prática de yoga, que permeou todos os encontros. Além do foco em uma de suas modalidades, a prática de hatha vinyasa yoga, e do exercício de meditação, o projeto incluiu vivências corporais e uso de voz, visando à atuação futura dos participantes como professores de Língua Portuguesa, de Artes ou de outras disciplinas. Os encontros tiveram uma hora e meia de duração e ocorreram duas vezes por semana. Durante a pandemia ocasionada pelo Covid-19, a professora esteve à frente do Projeto “Mais Yoga na UFGD”, oferecendo, em parceria com professores de yoga da comunidade externa, aulas online de ashtanga yoga e hatha vinyasa yoga, em um projeto que envolveu mais de 200 pessoas da comunidade acadêmica e de fora dela. Atualmente, a professora coordena o Programa de Pós-Graduação em Letras da UFGD.

Saiba mais

Coordenação

Professora Edilaine Buin

 

 

Projeto de tradução de textos para a língua Guarani

O professor Andérbio Martins coordena o “Projeto de tradução de textos para a língua Guarani” (saiba mais, p. 24), que visa a atender a uma demanda externa à UFGD, oriunda da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. A proposta de tradução de textos para a língua Guarani objetiva disponibilizar textos na língua indígena no site do Encontro do G20. Sabe-se que as línguas Guarani Ñandéva e Guarani Kaiowá fazem parte do subconjunto I da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí, conforme Rodrigues (1984/1985) e Cabral e Rodrigues (2002). Neste mesmo agrupamento genético se encontram o Guaraní Antigo (com registros do século XVII), o Guarani Paraguaio, o Guarani Mbyá, Xeta, Chané, Chiriguano, Tapieté e Isoceño. Destaca-se que o Guarani Paraguaio, falado no Paraguai, de certa forma, deixou de ser “indígena” ao servir por três séculos à Colônia e à Missão, e ao sofrer mudanças na sua sintaxe e no seu léxico, por influência do Espanhol (Dietrich, 2001). Essa é a língua materna de aproximadamente seis milhões de cidadãos não indígenas, ou seja, cerca de 87% da população paraguaia, na atualidade. Com este projeto de tradução, pretende-se dar espaço às línguas faladas pelos Guarani e Kaiowá de Mato Grosso do Sul, dando visibilidade às suas próprias manifestações linguísticas, os seus próprios jeitos de se comunicarem. Para isso, realiza-se um curso de tradução, por meio de oficinas, voltadas a dois indígenas das etnia Guarani e Kaiowá, externos à UFGD, egressos do curso de Licenciatura Intercultural Indígena — Teko Arandu.

Coordenação

Professor Andérbio Martins

 

 

Introdução ao guarani paraguaio

Projeto que se propõe a ofertar, na modalidade à distância, um curso de introdução à língua guarani, na sua variedade falada no Paraguai. O curso tem carga horária equivalente a 60 horas-aula e acontece por meio de atividades síncronas e assíncronas no sistema Moodle da UFGD.

Coordenação

Professor Bruno Oliveira Maroneze

 

 

O Dicionário Histórico de Biologia nas escolas

O projeto prevê intervenções (na forma de palestras e oficinas) nas escolas de educação básica do município de Dourados para levar aos estudantes os resultados das pesquisas realizadas na FALE pelo projeto “Dicionário Histórico de Termos da Biologia” (saiba mais, p. 23). Nas oficinas, os estudantes da UFGD envolvidos no projeto apresentam a metodologia de pesquisa dos termos da Biologia e fazem  que os alunos das escolas redijam seus próprios verbetes para o dicionário, com a finalidade de levá-los a aprender mais sobre a pesquisa etimológica, sobre a elaboração de dicionários e também sobre a história da Biologia. Trata-se de um projeto inerentemente interdisciplinar, que envolve as áreas de Língua Portuguesa, História e Biologia.

Acesso ao dicionário

Coordenação

Professor Bruno Oliveira Maroneze

 

 

Mostra LGBTIQ+ de Cinema

O professor Alcimar Silva de Queiroz, docente da UFGD e discente do PPG-Letras, coordenou a “Mostra LGBTIQ+ de Cinema” (saiba mais, p. 20), que visou a proporcionar ao público interno e externo à UFGD, em parceria com o IFMS, a exibição, debate e discussão da produção do cinema dedicado à temática de sua sigla: lésbica, gay, transexual/transgênero/travesti, intersexual, queer/questionadora e outras mais. A mostra concentra-se na exibição de filmes consagrados, nacionais e internacionais, para o público acadêmico da cidade de Dourados e seu entorno, bem como professores e alunos da rede de ensino público e privado da região, envolvendo temáticas a esses segmentos. Por meio da “Mostra LGBTIQ+ de Cinema”, a comunidade da região de Dourados tem entrado em contato com a produção cinematográfica na área temática em questão, beneficiando-se também de apresentações de palestras com acadêmicos e pesquisadores interessados nos assuntos correlatos aos estudos de gênero e sexualidade. Propõe-se, assim, fomentar discussões conceituais, tecnológicas e políticas, com base na mostra, e propiciar às comunidades acadêmicas e escolares da região o acesso aos vídeos que servem de ponto de partida aos debates, constituindo material audiovisual e de apoio didático. Palestras e seminários visam a propagar para escolas e universidades de Dourados e seu entorno, os assuntos referentes ao tema.

Coordenação

Professor Alcimar Silva de Queiroz

 

 

Ação social em populações de refugiados em Dourados

O professor Alcimar Queiroz coordena também a “Ação social em populações de refugiados em Dourados” (saiba mais, p. 40), cujo foco foi a mediação social com o grupo de refugiados residentes na cidade de Dourados-MS. O projeto visa à inclusão de tais pessoas na comunidade douradense, visto que a vinda delas para a região ocorreu num processo que não lhes assegurou o acesso a instrumentos mínimos de inserção social, tais como trabalho decente, condições mínimas de moradia e comunicação. Diante disso, dada a necessidade de que haja a mediação, e dadas as condições de vida a que esses refugiados estão submetidos, e para que esse grupo social não se estratifique em uma situação de pobreza, a ação se justifica. A UFGD, considerando a diversidade de áreas de estudo, tem um potencial de atuar por meio de vários locais como instituições de Justiça, Segurança, Saúde e Educação. Apresenta-se, pois, como a instituição com a maior capacidade de agir em prol de uma mediação social que atue sob os mais diversos vieses. Assim, os acadêmicos da UFGD, orientados por professores de seus cursos, podem promover tais ações como uma atividade experimental em suas devidas formações. Nessa perspectiva, o projeto, atuando de forma interdisciplinar na garantia de direitos humanos, permite que os acadêmicos tenham oportunidade de praticar o tripé ensino, pesquisa e extensão.

Coordenação

Professor Alcimar Silva de Queiroz

 

 

 

SELF – Semana de Letras da FALE e EDEL – Encontros: Diálogos entre Letras

Outra importante ação de extensão promovida pela Faculdade de Comunicação, Artes e Letras da UFGD, sob coordenação de docentes do PPG-Letras, são o SELF e o EDEL (saiba mais, p. 2), com impactos locais e regionais na concentração e divulgação de pesquisas conduzidas por docentes, estudantes e técnicos administrativos da UFGD e de universidades da região e de outros estados do Brasil. A última edição foi coordenada pelos professores Marilze Tavares e Paulo Bungart Neto, tendo sido suspenso no contexto da pandemia da Covid-19. O projeto será retomado em breve, e tem por objetivo promover diálogos, debates, exposição de pesquisas acadêmicas e educacionais com a finalidade de discutir questões de linguagem em geral. Durante o(s) evento(s), prevê-se a realização de palestras, minicursos, apresentações de trabalhos e apresentações artísticas. O SELF e o EDEL — que podem ou não ocorrer simultaneamente — têm como diretrizes serem eventos de natureza acadêmica, promovendo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, especialmente com impacto na formação do estudante em Letras a partir da partilha e na geração de novos conhecimentos, por reunir acadêmicos do Estado e de outras regiões (saiba mais).

Essas e outras ações se originam de iniciativas de docentes e discentes do PPG-Letras ou que estes integram como participantes, dialogando com suas pesquisas e com as linhas em que se inserem. Por outro lado, conectam-se também aos projetos de inserção da UFGD nas comunidades local e regional, favorecendo iniciativas não apenas permitem que a Universidade compartilhe saberes, como também que amplie e fortaleça o seu acervo de conhecimento sobre as realidades locais, em suas diversas ramificações, tanto no que diz respeito à cultura quanto à dinâmica social do Estado. No que concerne ao Programa, os projetos permitem aprofundar o conhecimento acerca das manifestações literárias, linguísticas, artísticas e culturais do Estado, contribuindo com a adequação de suas pesquisas a essas realidades.

Coordenação

Professores da FALE e do PPG-Letras

 

 

Línguas e Política Linguística no Atendimento à Saúde

O projeto “Línguas e Política Linguística no Atendimento à Saúde” (saiba mais) foi concebido como um curso de extensão vinculado ao PPG-Letras, com o objetivo de sensibilizar e instrumentalizar profissionais da saúde para o atendimento a pacientes que não dominam a língua portuguesa. A proposta surgiu a partir de pesquisas do Grupo de Estudos em Linguagem e Transculturalidade (GELT/CNPq), em parceria com a Cátedra UNESCO de Políticas Linguísticas para o Multilinguismo e com o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Políticas Linguísticas (IPOL), considerando os desafios enfrentados pela população migrante e indígena na região de Dourados. O curso abordou o multilinguismo no Brasil sob uma perspectiva histórica, política e ideológica, com ênfase nos direitos linguísticos e na comunicação intercultural dentro do sistema público de saúde. Entre os públicos-alvo estavam atendentes, recepcionistas, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos, visando minimizar barreiras linguísticas e promover um atendimento mais acessível e humanizado. Embora o projeto tenha sido desenvolvido em 2023, há duas orientandas de iniciação científica, sob orientação da Profa Edilaine Buin, que hoje desenvolvem suas pesquisas em torno dos dados do curso e da continuidade de ações no hospital universitário de Dourados.

Realizado em formato on-line durante o segundo semestre de 2023, o curso contou com a participação de mais de 200 pessoas de diversos estados brasileiros e também de fora do país, ampliando o alcance das discussões e promovendo um intercâmbio de experiências sobre políticas linguísticas no atendimento à saúde. A professora Edilaine Buin atuou como coordenadora geral do curso, sendo responsável pelo planejamento, organização das atividades, definição dos conteúdos programáticos e supervisão das aulas. Além disso, ministrou módulos relacionados às políticas linguísticas no Brasil e às barreiras comunicacionais nos serviços de saúde. Já a professora Thayse Figueira Guimarães foi uma das ministrantes do curso, contribuindo com a abordagem sobre os desafios enfrentados por imigrantes e refugiados no acesso à saúde. Sua atuação esteve centrada na análise de práticas translíngues como recurso de acolhimento e inclusão, trazendo reflexões sobre políticas linguísticas e direitos dos pacientes multilíngues.

A estrutura do curso incluiu cinco encontros temáticos, nos quais foram discutidas a diversidade linguística do país, os estereótipos e preconceitos linguísticos, a legislação vigente e estratégias para um atendimento mais inclusivo. O projeto teve grande impacto na sensibilização dos profissionais da saúde para a importância do multilinguismo, promovendo uma mudança de perspectiva quanto à comunicação em ambientes hospitalares e ambulatoriais.

Coordenação

Professora Edilaine Buin

 

 

Mala dos Saberes Deslocados

O projeto “Mala dos Saberes Deslocados” (saiba mais, p. 32), desenvolvido no segundo semestre de 2024 em uma escola pública de Dourados, é uma das ações desenvolvidas no âmbito do programa de extensão vinculado aos programas de pós-graduação UFGD. Essa iniciativa busca articular ensino, pesquisa e extensão para promover a inclusão social e educacional, com foco nas populações migrantes e refugiadas. Coordenado pelo professor Hermes Moreira Junior, docente da Faculdade de Direito e Relações Internacionais (FADIR), com a participação ativa das professoras Thayse Figueira Guimarães e Edilaine Buin, o projeto utiliza uma abordagem interdisciplinar para trabalhar a temática das migrações internacionais em escolas públicas de Dourados. A ação é realizada em parceria com a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

A “Mala dos Saberes Deslocados” consiste em uma intervenção educativa centrada em uma mala composta por 15 obras literárias infanto-juvenis que narram histórias de migrantes e refugiados. Durante uma semana, são realizadas atividades como oficinas, palestras, rodas de conversa e análises da paisagem cultural e linguística. Ao final, a mala permanece na escola por um período para continuidade das reflexões e uso pelos professores e estudantes.
As professoras Thayse Guimarães e Edilaine Buin desempenham papéis essenciais no planejamento e execução das atividades, contribuindo para a sensibilização dos estudantes, formação de professores e elaboração de materiais e relatórios.

Essa ação, que será replicada em outras escolas no decorrer do próximo quadriênio, reflete o compromisso dos programas de pós-graduação da UFGD com a inclusão, a cidadania e os direitos humanos, além de alinhar-se às diretrizes da Portaria Conjunta CAPES/SESU nº 1/2023, que incentiva a interface entre pesquisa e extensão universitária. O projeto também está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente ODS 4 (Educação de qualidade), ODS 5 (Igualdade de Gênero) e ODS 10 (Redução das Desigualdades).

Coordenação

Professor Hermes Moreira Junior

 

 

Visibilidade do PPGL-UFGD: Universidade e Comunidade

O projeto de extensão “Visibilidade do PPGL-UFGD: Universidade e Comunidade” (saiba mais, p. 21), coordenado pela professora Edilaine Buin e tendo como vice-coordenadora a professora Leoné Astride Barzotto, busca ampliar a divulgação das atividades do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFGD, promovendo maior reconhecimento tanto no meio acadêmico quanto junto à comunidade externa. A iniciativa responde a uma necessidade identificada na última avaliação interna do programa, que apontou a carência de estratégias eficazes de comunicação para dar visibilidade às pesquisas, projetos de extensão e ações desenvolvidas no âmbito do PPGL. Com a participação de docentes, técnicos administrativos e discentes da pós-graduação, o projeto se estrutura na criação e manutenção de conteúdos para mídias sociais, no aprimoramento do site do programa e na produção de materiais gráficos e audiovisuais que fortaleçam sua identidade visual e comunicação. A equipe atua de forma integrada para desenvolver uma metodologia de divulgação contínua e eficiente, que possa ser consolidada e mantida a longo prazo. Essa iniciativa, iniciada no final de 2024 e com previsão para seguir no próximo quadriênio, representa um esforço estratégico para tornar as atividades do PPGL mais acessíveis e visíveis e fortalecer a interação entre a universidade e a sociedade, promovendo o impacto social da pesquisa e extensão desenvolvidas no âmbito do programa.

Coordenação

Professora Edilaine Buin